quinta-feira, 13 de novembro de 2014

4- Home To Mama

CRIMINAL

Assim que meu pai chegou em casa fui batendo os pés até a sala.
- Boa noite filha!
- Que historia é essa de que eu virei treinadora?- Cruzei os braços acima do peito.
Ele deu risada.
- É sério pai, eu que pego a carga!
- Corrigindo, era, não é mais- Ele saiu andando.
Eu sai andando atrás dele.
- Como assim?
- Você é uma moça respeitável, não faz parte dessa vida mafiosa!
Olhei pra ele incrédula.
- Você me faz passar 19 anos, metade da minha vida fazendo isso pra agora chegar e falar que sou menina de respeito?- Olhei ele. - PORRA!!!!!!- Gritei.
- Olha a boca!!
- PORRAA, CARALHOOO, MERDAAAA!!!!-  Gritei olhando ele.
Dei um chute na geladeira com toda minha força, e sai correndo pisando firme, eu estava nervosa não era coisa boa. Andei até o jardim e comecei a chutar todas as plantas que tinham ali.
- Porra de vida, porra de lugar, porra de trabalho, porra de moça, porra de tudo!!!
Continuei chutando tudo, derrubando tudo o que tinha em minha frente.
- Eu sou mulher mas posso sim fazer isso, posso fazer tudo!
Sai correndo pra fora da propriedade, entrei dentro do carro e sai dirigindo pra qualquer lugar bem longe dali, pra qualquer lugar distante.

Longe Dali ...

Eu estava dirigindo sem rumo, a estrada estava bem escura e vazia, no caso, eu poderia atropelar alguém e jogar em um rio que ninguém nunca ia descobrir isso. 
- Porra!
Alguma coisa entrou no meu olho, eu fiquei apenas dirigindo com uma mão no volante e a outra tentei tirar o negocio do meu olho, quando olhei com os dois olhos vi um cachorro no meio do caminho eu girei o volante rápido e o carro bateu em uma arvore.
***
Eu abri meus olhos e estavam embaçados, esfreguei para ver o que tinha acontecido e foi quando eu vi o capo do carro saindo fumaça e uma arvore.
- Merda!
Fui me meche e não consegui, eu estava presa nas ferragens, eu passei a mão na minha cabeça e estava com sangue.
- Praga ruim não morre!
Revirei os olhos. Tentei pegar meu celular e o único número que eu tinha discado era daquele palerma do Kauê.
- Alô?- Ele atendeu no segundo toque.
- Preciso de ajuda!
- Olha só quem está me pedindo ajuda!
- PORRA ME AJUDA LOGO!
- Calma, o que aconteceu?
Eu respirei fundo.
- Bati  o carro!
- Você está bem?
- É claro né, só preciso de ajuda com o carro- Falei.
- Aonde você está?
Olhei pros dois lados, tinha uma placa escrito o nome do lugar.
- To na fronteira!
- Porra garota, o que foi fazer ai a essas horas?
- Vai me ajudar ou não?
- Claro, estou indo- Ele falou.
- Vem sozinho, e não avisa ninguém ouviu bem?
- Sim senhora- Ele debochou,
Eu desliguei e joguei o celular do lado. 
Olhei bem pro capo do carro que estava todo destruído, eu estava realmente presa e não sentia minhas pernas e estava começando a ficar fraca.
- Droga, pai!- encostei minha cabeça no banco.
Lágrimas escorriam pelo meu rosto, coisa que nunca acontece é eu chorar de dor mas agora e de desespero de morrer queimada.
Alguns minutos depois ...
Uma possa de sangue estava formada no meu colo, provável que seja de alguma parte da minha perna ou da cabeça mesmo, eu estava tonta, chorando.
Logo eu vejo com a vista embaçada um farol, eu olhei no retrovisor e vi Kauê correndo feito louco até o carro.
- Puta que pariu!- Ele colocou a mão na cabeça ao me ver.
Eu tombei um pouco a cabeça.
- Por.. Por favor, me ajuda- Falei fraca.
- Vou te ajudar calma, calma!- Ele falou tremulo.
Ele voltou pro carro e ficou alguns minutos lá, eu estava perdendo a conciencia, já estava perdendo o foco e não sabia mais aonde eu estava.
- Fica calma eu estou aqui!
- Aonde eu estou?
- Fica acordada Lisa!- Ele falou.
Logo eu escuto um barulho enorme, ele arrancou a porta.
- Droga você perdeu muito sangue!!- Ele me olhou.
Ele ficou tentando tirar meu sinto de segurança que tinha ficado preso.
- Pronto, fica acordada!- Ele pediu.
Eu respirei fundo, e quando abri nossos olhares se cruzou, seus olhos brilhantes enormes me olhando com  uma expressão que eu jamais vira. Ele me pegou no colo e me levou até o carro dele.
- Vou te levar pro hospital!
- NÃO!!- Gritei.
uma dor na minha cabeça veio na hora me fazendo gemer.
- Você precisa!
- Me leva pra sua casa agora!
- Mas... - O interrompi.
- Apenas me leva Kauê!- Pedi chorando.
Ele ligou o carro e arrancou a toda velocidade.

Na casa dele ...

Eu estava morrendo de dor, ele estacionou e correu pro outro lado.
- Cara você precisa de um médico!
Eu olhei pra ele.
- Preciso da sua ajuda!
Ele me pegou no colo e me levou até algum quarto, ele me colocou na cama.
- O que vamos fazer?
Eu comecei a rasgar minha roupa, ele arregalou os olhos.
- Nunca viu uma mulher com roupa íntima?
- Claro que já!
- Então me ajuda por favor?
Ele sentou ao meu lado na cama e rasgou minha blusa, ele tinha uma força que eu fiquei olhando  pra ele e demorei pra ter foco no que estava fazendo.
- Me ajuda a ir pro banheiro!
Ele me pegou no colo, suas mãos entraram em contato com a minha pele machucada me fez arrepiar dos pés a cabeça.
Ele ligou a banheira, e me ajudou a tirar a calça, minha perna estava com um enorme machucado mas nada fundo.
- Tá feio isso- Ele falou.
- Nada grave, calma!
Ele me colocou na banheira.
- Pode dar uma licença pra eu tirar o resto?
- Claro- Ele saiu.
Eu fiquei totalmente nua e consegui me lavar com sabão, estava ardendo muito os machucados, mergulhei pra lavar a cabeça e tirar o sangue, mas não senti  ferida nenhuma.
Comecei a tentar mexer as pernas, estava apenas adormecida mas estava rígida, aos poucos ela foi voltando ao normal, eu terminei o banho e consegui sair da banheira e colocar o roupão.
- Kauê?- O chamei.
Ele abriu a porta de olhos fechados.
- Pode abrir os olhos- Eu ri.
Ele abriu os olhos e deu um sorriso de canto.
- Chamei uma amiga minha enfermeira, e pedi a empregada que pegasse algumas roupas pra você!
Eu sorri e fiquei espantada com a rapidez dele.
- Obrigada!
Eu tentei me levantar mas minhas pernas estavam fracas.
- Eu te ajudo!
Ele me ajudou a ficar de pé mas como estava ruim pra andar ele me pegou no colo e me colocou na cama e sentou ao meu lado.
- Quer me contar como tudo aconteceu?
Eu revirei os olhos.
- Não é porque estou fraca que vamos ser melhores amigos para sempre, ao contrário, ainda te odeio e quero distancia!- Falei rude.
Ele revirou os olhos.
- Porque você me odeia?
- Não quero falar sobre isso!
Ele se levantou furioso.
- Quando resolver parar de ser mimada me avisa- Ele saiu do quarto e bateu a porta.
Foda-se se ele me ajudou, é o dever dele em ajudar depois de roubar meu emprego.
*Toc Toc*
- Entra!
A empregada entra com roupas na mão dela.
- O patrão pediu que trouxesse pra você!
- Obrigada senhora- Sorri.
- Quer ajudar? Ele me disse que você não esta forte!
Eu sorri corada, aceitei a ajuda dela e então vesti uma roupa.
- Obrigado pela ajuda!- Falei.
- Disponha, se precisar!
Ela saiu do quarto, eu fiquei tentando levantar e pegar força na perna de novo, eu consegui depois de algumas horas me rastejando e me debatendo toda vez que caia no chão. Eu abri a porta e fui rastejando até a escada e voltei mas parei em dos quartos para ouvir uma conversa.

CONTINUAAAA...

Oeee amores, espero que estejam gostando da história, obrigado por lerem e por comentarem fico muito feliz ao ver um comenta´rio aqui obrigado mesmo. Então por enquanto é isso espero que estejam realmente gostando, amo vocês beijos.